Base de conhecimento egípcio: Aprenda mais sobre a magia, natureza, religião e os deuses egípcios
Olá eternos aprendizes da cultura egípcia, neste artigo faremos uma introdução à cultura egípcia, o foco deste post é justamente concentrar o conhecimento passado no site para que todos possam acessar facilmente.
A cultura egípcia ao contrário do que muitos pensam é uma religião monoteísta, onde se acredita em uma deidade primitiva criadora de todas as coisas, para quem quer uma introdução simples sobre a cultura egípcia recomendo a leitura do post O Culto às Deidades Egípcias.
Hoje iremos falar um pouco mais sobre a percepção dos Egípcios em relação a seus deuses, mas quem são estes deuses? Normalmente imaginamos uma figura mítica suprema que está acima de tudo e todos. Não é totalmente errado pensar isto, porém para as culturas pagãs e diversas culturas mais antigas a visão de mundo era totalmente diferente da que vivemos hoje em dia, infelizmente com o avanço da tecnologia acabamos perdendo o contato com a natureza, trocamos belas árvores por selvas de concreto, nascemos em um contexto mais urbanizado e globalizado onde nosso contato com a mãe natureza é muito limitado, nossas preocupações são simples e giram em torno do frio, calor, chuva ou sol, poucos se importam se a lua está cheia, ou se estamos entrando em um novo ciclo da natureza (Estações do Ano).
A importância da Natureza
Para os povos antigos a presença dos deuses era visível nos eventos naturais. O nascer do sol era visto como Rá emergindo do submundo em sua grande barca, a lua era vista como deus Khonsu viajando através do céu noturno, a casa era protegida por Bastet, o equilíbrio divino e a justiça era vista como Ma’at, a figura da maternidade era vista como uma das faces de ísis e assim por diante. Cada fenômeno da natureza, ciclos da vida cotidiana e personalidades eram manifestadas e explicadas através do que chamamos hoje em dia de Arquétipos.
Os deuses eram adorados diariamente através de vários rituais durante o dia aos quais os indivíduos participavam e realizavam em suas rotinas, desde um belo nascer do sol ao nascimento de uma criança, tudo era reverenciado e visto com muito respeito. A natureza era estudada, apreciada e naquela época o ser humano se adaptava a ela, aprendia com a natureza os mistérios da vida. Tão sábia e digna de admiração que nas representações de seus deuses eram encontrados sinais de animais, seja no lugar do rosto ou no corpo da deidade, ao associar um deus a um animal percebemos o profundo conhecimento dos egípcios, que conseguiam se reconhecer na natureza. Algumas religiões atuais pregam o amor ao próximo e nos dizem para que amemos ao próximo como a nós mesmos, isto significa nos enxergar no outro em sua beleza e também em seus aspectos negativos, aprender a reconhecer que também erramos e ao fazer isto somos capazes de iniciar um processo de autoconhecimento e cura que levará ao aperfeiçoamento de nossa personalidade.
Mistérios do Antigo Egito
Ainda pouco se sabe sobre os Mistérios do Antigo Egito, sua escrita foi traduzida a primeira vez com mais detalhes em 1822 pelo francês Jean-François Champollion através da Pedra de Roseta. Os Hieróglifos também são conhecidos como a “sagrado escrita” onde apenas os sacerdotes, membros da realeza, altos cargos e escribas conheciam a arte de ler e escrever esses sinais, a escrita hieroglífica constitui uns dos mais antigos sistemas organizado de escrita no mundo e era muito encontrada nas paredes de templos e túmulos.
Por se tratar de uma língua que poucos sabiam interpretar, acabamos perdendo esta ciência em meio a tantas guerras e crises políticas ao longo dos últimos 6 mil anos. A partir do momento que aprendeu-se a traduzir os hieróglifos começou também uma avalanche de informações e novas descobertas sobre esta cultura, porém ainda estamos muito longe de entendermos a profundidade de seus conhecimentos.
Os egípcios são muito famosos na arte, ciência, geometria, matemática, medicina e é tido como um povo referência quando se fala em magia por todas as culturas posteriores.
Religião
Para quem quiser saber um pouco mais sobre a religião egípcia temos um post que aprofunda um pouco mais sobre o tema. Todos os nossos posts são atualizados com uma certa frequência, a fim de que possamos sempre melhorar e aprimorar e trazer mais conhecimento para o site conforme o tempo nos permite.
Dinastias
Dividir a história em períodos é um comportamento muito comum para os historiadores, pois assim conseguem estabelecer uma ordem cronológica dos acontecimentos, não foi diferente para os egípcios, separamos sua história em Dinastias onde são identificados certos padrões, ao perceber momentos de grandes alterações políticas estabelecem o início de um novo período. O período histórico que conhecemos como Egito Antigo se estendeu por mais de 3000aC e, ao longo desse tempo, mais de 350 faraós governaram o Egito.
Em breve teremos um post mais aprofundado sobre a organização das dinastias, aguarde novidades 🙂
Deuses Egípcios
Para se cultuar a Deus é preciso entender primeiro o que é Deus, Deus está tudo que existe, o Ar que respiramos, o Calor, os Animais, as Plantas, a Lua, o Sol, cada elemento da Natureza e cada ser vivo foi exteriorizado na criação. Tendo isto em mente podemos dizer que para se cultuar a Deus precisamos cultuar cada parte dele, pois não temos inteligência suficiente para entender sua perfeição por completo, novamente entramos no aspecto humano de dar nome às coisas, pois isso traz mais proximidade e familiaridade.
Por este motivo encontramos diversos deuses egípcios com nomes diferentes, porém todos eles associados a algum comportamento, estágio da vida, elemento ou ciclo da natureza, nos levando a entender que Deus tem muitos nomes e todos eles fazem parte do Divino, não importa como chamemos, mas para compreender o todo precisamos compreender cada parte, pois são estas partes que estão mais próximas de nós e podemos compreender melhor.
Em uma cultura onde a escrita não era simples como a nossa e a dificuldade de se escrever nas paredes dos templos fizeram com que a simbologia ganhasse força na escrita, o estudo aprofundado de cada animal fez com que os egípcios pudessem entender diversos comportamentos que normalmente os Humanos também tem, para representar estas emoções ou comportamentos ao se representar uma deidade se colocava a cabeça ou o tronco de um animal. Lembrando que a mitologia foi criada para que os sacerdotes pudessem difundir a religião e conceitos para o povo como um todo e ao contrário do que imaginamos o povo comum não tinha acesso à leitura, magia, cultura ou estudo, por este motivo a mitologia precisava ser simbólica e de fácil entendimento por alguém que não tenha uma formação.
Este post será complementado em breve, estaremos em constante atualização em todos os módulos
Amuletos
Os papiros mágicos mostram uma grande importância dada pelos magos ao modo de usar os amuletos, originalmente eram usadas de três formas: como um pingente em torno do pescoço, como bracelete e como bolsa. Os pingentes tinham a finalidade de proteger a pessoa, aumentar seu poder e ainda expressar devoção à determinada deidade. Também permitiram utilizar o poder da imagem de um Deus ou Deusa para conquistar um objetivo na vida diária ou na magia.
Os amuletos eram usados pelas crianças para afastar doenças e outros males como a picada de escorpião. Já as mulheres usavam para se proteger dos riscos da maternidade, com isso as gestantes sempre portavam uma variedade de ingredientes em suas bolsa-amuletos que as protegiam durante o parto. Expedições para escavar minerais, caçar, viagens pelo mar e combates eram atividades arriscadas que os homens praticavam com frequência, os amuletos, assim como os feitiços mágicos, serviam como proteção efetiva nestas ocasiões.
Alguns amuletos normalmente em forma de jóias eram usados sempre, outros eram usados em situações temporárias que requeriam a influência imediata de uma ajuda poderosa como nos casos de doenças, ferimentos e partos. Os amuletos do antigo Egito eram confeccionados com uma rocha metamórfica chamada xisto que era cortada em diversos formatos de animais e criaturas. Mais tarde materiais diversos como: Coralina, Basalto Verde, Ouro, Granito, Mármore, Vidro azul e vermelho, Porcelana esmaltada, Quartzo vermelho, Obsidiana, Hematita, Lápis-lazúli, Bronze e Madeira passaram a ser utilizados na confecção dos amuletos.
Os egípcios usaram uma variedade tão grande de pedras naturais em seus amuletos que hoje você pode fazer seu amuleto com qualquer tipo de pedra que ainda assim continuará mantendo a tradição. O estudo da simbologia mágica, da cultura e das evocações pode lhe auxiliar a montar amuletos poderosos para você ou para quem você ama 🙂